É engraçado escrever isso. Afinal, neste momento da minha vida, sei que ela sempre esteve presente. Só que eu não sabia disso.
Meus pais sempre me levavam ao teatro, cinema, shows. Nunca, quando pequena, fui a exposições, nem mesmo pela escola. Não me lembro de ter ido, pelo menos. Fui ao Museu do Ipiranga e a outros museus, mas nunca para ver Arte, mas para ver História. Acabava vendo Arte nestes passeios, mas nem me chamavam a atenção para aquilo.
O objetivo era sempre o da diversão. Somente este.
Na escola, fiz violão e em História da Arte, tive uma vaga idéia sobre Artes, mas tudo muito rápido, sem aproximação real. Estudar e decorar!
Fora que, botar a mão na massa, em desenho geométrico, era um horror! Traçar linhas paralelas, diagonais, formas geométricas; por saber fazer, sem motivo a mais...
Mesmo quando comecei a dar aula, não havia preocupação nenhuma ainda com Arte. As crianças desenhavam, mas seus desenhos eram até vistos como passatempo. Desenhar enquanto descansávamos das atividades!
Também era só para diversão. Só.
Somente quando encontrei uma escola construtivista em meu caminho, há alguns anos, é que a Arte passou a ter importância em minha vida e em meu trabalho.
Comecei tendo que correr atrás do prejuízo: quem foi Van Gogh? Vamos no Mam ver Miró. NOSSA! Quem foi ele? Como pintava? E fotografia?
Acabei me apaixonando... Comecei a me interessar em livros de Artes, em trabalhar, cada vez com um artista e fui sabendo mais.
Logo depois, em outra escola, montamos um grupo – de três pessoas - de estudos de Artes que contaminou a todos e. E não paramos mais.
Mas isso é só saber mais. Não é saber usar. Trabalhar com Artes é outra coisa e depende do olhar que se tem sobre ela.
Esta busca é eterna. Nunca se sabe tudo sobre o que envolve criação.
Continua divertido falar de Artes. Só que agora, sei um pouco mais porque e o que fazer com ela. E pretendo continuar a aprender sobre isso.
Denise Pinhas Pereira
